De Vitória para Sucre

Com tudo preparado era a hora então de partir para a tão sonhada aventura de 24 dias. Passei o primeiro e metade do segundo dia basicamente dentro de aeroportos ou avião. No segundo dia cheguei em Santa Cruz de la Sierra, dormi lá uma noite para chegar a Sucre somente no terceiro dia. Segue abaixo o meu relato um pouco mais detalhado.



16/12/2014 - 1º dia



Sai de Vitória/ES na parte da manhã, chegando em São Paulo á tarde. De Sampa peguei um novo voo para Assunção, onde fiz uma longa escala de 8 horas. Tudo pelo voo mais barato... 


Aeroporto de Assunção (Paraguai)
O primeiro fato inusitado já aconteceu na viagem de São Paulo para Assunção. Fiz o check-in, entrei no avião, sentei na poltrona com o meu número e relaxei esperando o voo se iniciar. Eis que chega um rapaz, um pouco parecido comigo até, e me avisa que eu estava na poltrona dele. Mostrei o meu ticket e foi constatado que eramos dois para apenas um assento. Como eu já estava sentado ele foi até uma das aeromoças e explicou a situação. Permaneci sentado, atendo a todos os movimentos do jovem e esperando uma solução. No final de tudo descobrimos que tínhamos exatamente o mesmo nome registrado no voo: Lucas Santos. Por conta disso a empresa se confundiu, eu acho, nos colocou no mesmo assento, enfim... Uma confusão. Por sorte o voo não estava cheio e foi oferecido a ele um novo lugar.

Chegamos no aeroporto de Assunção já de madrugada e o próximo voo até Santa Cruz sairia somente na parte da manhã do dia 17. Por ironia do destino o outro Lucas também ia pegar este voo. Sentamos no saguão e ficamos conversando por um bom tempo, depois conhecemos um rapaz peruano, dormimos um pouco, comemos e realizamos um novo check-in para que novas confusões não acontecessem. Também pude treinar um pouco do meu enferrujado espanhol com as atendentes nas lojas do saguão e tomar um pouco de água da pia do banheiro, pois a água nesse bar da foto era bem cara. Não lembro ao certo o preço, mas era cara o suficiente para que eu fizesse o que fiz. E, bom... Não fui o único.


17/12/2014 - 2º dia

Na parte da manhã pegamos o voo de Assunção para Santa Cruz de la Sierra. Nesse voo já pude perceber algumas pessoas com mochilas grandes nas costas, eram os mochileiros, com os quais eu tanto trombaria ao longo dos 24 dias. Chegando em Santa Cruz enfrentei uma longa fila na imigração. Passei cerca de 1 hora e meia só esperando para que a minha entrada no pais fosse liberada. 

Catedral de Santa Cruz
Após isso cada um foi tomando o seu rumo. Lucas foi para Cochabamba encontrar a namorada, enquanto o peruano tomou um outro voo para o Peru. Foram as primeiras despedidas de muitas que iriam ocorrer, mas logo depois já conheci um grupo de simpáticos brasileiros que iam seguir para o centro de Santa Cruz. Por 6 bolivianos cada, tomamos uma kombi para o centro e já ali fui seguindo o fluxo da viagem. Passei algumas horas com essa galera caminhando pela cidade, tirando algumas fotos, conversando sobre os mais diversos assuntos e encerrando o rápido encontro com um bom e barato prato boliviano. O meu próximo destino seria Sucre, assim como o de um outro rapaz que estava conosco. A diferença é que ele foi de ônibus e eu ia de avião. Outro cara que estava conosco seguiu caminho para Samaipata, que fica a algumas horas de Santa Cruz, juntamente com uma menina que estava conosco na kombi. O maior desejo dela era ver a posse de Evo Moralez em La Paz. Reparem que em poucas horas conheci 5 pessoas de diferentes lugares, com diferentes visões de mundo, objetivo, etc. Esse foi um dos pontos altos da minha viagem.

Praça 24 de Setembro
O meu caminho era passar uma noite em Santa Cruz e pegar o voo do dia seguinte para Sucre. Encontrei um Hotel no centro da cidade e caminhei um pouco mais por lá, conhecendo alguns belos lugares. O hotel onde dormi, cujo nome não lembro, não tinha as melhores condições, mas deu pra dormir bem. A diária de 100 bolivianos foi um pouco acima do que paguei nos outros lugares pois este era um hotel, com quarto individual, ar condicionado, banheiro privado e televisão, luxos que eu não tive nos outros lugares.

O centro de Santa Cruz não me pareceu um local muito turístico, tanto que o meu objetivo sempre foi ficar ali o menor tempo possível. Na realidade eu ia tentar chegar no dia 17 e nesse mesmo dia pegar um voo para Sucre, mas não consegui. Tive que ficar na cidade. O que de melhor vi foi a Catedral de Santa Cruz, que fica na Praça 24 de Setembro, uma combinação muito bonita no centro da cidade. Tive uma boa noite de sono e no dia seguinte peguei novamente a kombi em direção ao aeroporto. Lá peguei o voo em direção a Sucre.

No link abaixo vou falar um pouco mais sobre o turismo no departamento (estado) de Santa Cruz.

Um pouco mais do turismo no departamento de Santa Cruz


18/12/2014 - 3º dia


Pequeno avião da Amaszonas


Acordei algumas horas antes do voo, arrumei minhas coisas, peguei a kombi e fui para o aeroporto. Isso tudo na parte da manhã, com um clima frio em Santa Cruz. Sai de lá às 10 horas da manhã e peguei o voo em direção a Sucre, por 60 dólares. A viagem foi bem rápida, cerca de 50 minutos e a companhia que viajei foi a Amaszonas. Um avião bem pequeno e um voo tranquilo, com vistas muito bonitas por sinal. Fiz a viagem ao lado de uma advogada boliviana. Conversamos bastante, ela me deu algumas dicas sobre a Bolívia e disse que conheceu o Brasil há muitos anos atrás. Cheguei em Sucre às 10:50 da manhã, com um clima também muito frio. O aeroporto de Sucre é bem pequeno.

Patrimônio cultural da humanidade
Patrimônio cultural da humanidade
Chegando em Sucre peguei um taxi em direção a Praça 25 de Maio. O transporte na Bolívia é sempre muito barato e nesse caso ainda contei com a ajuda de uma simpática senhora que percebeu que eu estava um pouco perdido e me ofereceu uma vaga no taxi em que ela estava. Conversei bastante com ela e mais ainda com o taxista, que odiava Evo Morales. Chegando na praça caminhei um pouco e fui em busca de algum hostel. Encontrei um a algumas ruas da praça e foi nele que fiquei. O nome do hostel é KulturBerlin, super confortável, higiênico e seguro. Me acomodei em um quarto de 10 camas e passei ali uma noite agradável. A diária foi de 50 bolivianos.


Sucre é uma cidade maravilhosa. Muito limpa, histórica, com um povo aparentemente tranquilo e com ótimas opções de turismo. Em relação a altitude não senti muita diferença, até porque Sucre não é tão alto assim. Mas isso é muito pessoal, cada organismo reage de um jeito a altitude, portanto seja sempre o que não fui: prudente. Caminhei bastante pela cidade, fui em praticamente todos os lugares possíveis de se conhecer e tirei algumas fotos bacanas. 


Simpática praça
Simpática Praça 25 de Maio
Paceña
Não pode faltar, né?
Museu de Arte Indígena
Museu de Arte Indígena

Lugares que visitei no primeiro dia em Sucre: 

  • Praça 25 de Maio
  • Recoleta
  • Museu de Arte Indígena
  • Casa de la Libertad
  • Mercado Central
Além disso o caminhar pelas lindas ruas de Sucre é um capítulo a parte nesta belíssima cidade. No próximo post vou falar um pouco do meu segundo dia em Sucre, da viagem até Potosí e dos problemas que enfrentei na traiçoeira altitude de uma das cidades mais altas do mundo. 

Abaixo segue um link com maiores detalhes sobre o turismo em Sucre.

Um pouco mais sobre o turismo em Sucre

Até a próxima!

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